Donald Schön concebe a reflexão intimamente ligada à acção: mais do que aplicar teorias e conceitos científicos à prática, Schön considera que os profissionais devem reformular constantemente os problemas e as ambiguidades com que se defrontam na sua prática, de forma a avaliarem interpretações e soluções alternativas e procederem às mudanças que vierem a considerar necessárias necessárias. Schön estabelece diferenças entre a reflexão em acção e a reflexão sobre a acção, tanto temporais como de perspectiva: atribui à primeira um carácter mais imediato de reflexão e modificação durante a acção, o que implica reflectir e fazer em simultaneidade capacidade própria do profissional que atingiu um grau de competência que lhe permite conscientizar o que está a ocorrer e modificar as suas acções instantaneamente. Na maioria das situações, a reflexão implica reconsiderar uma dada acção passado algum tempo.
Contudo, ambas estas formas de reflexão podem incluir processos racionais e morais sobre a melhor forma de actuar.
A questão imanente das ligações entre o pensamento reflexivo e a acção diz respeito ao contexto temporal em que ambos ocorrem.
Com ou sem afastamento temporal da actividade, seguido ou não de um período de contemplação, facilmente se infere que o conceito envolve um continuum de várias interpretações e práticas com um elemento comum – o problema, a situação complexa, a necessidade de mudança, em que o aspecto mais importante é justamente a forma como o problema é formulado e reformulado.
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