domingo, maio 27, 2007

Sebastião da Gama


Sebastião da Gama, professor. Nasceu em Azeitão, em 1924 e faleceu precocemente, em 1952.
Homem e profissional de grande dimensão humana foi, entre nós, um dos expoentes da reflexividade docente, consubstanciada no seu Diário, publicado pela primeira vez em 1958.
A sua escrita era simples, clara e luminosa.

Um dos seus poemas:


Pequeno poema


Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.


Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...

Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.


Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.


As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...


Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

1 comentário:

Anónimo disse...

tás a ver? não se deve brincar com coisas (cof, cof, cof) sérias. mama dixit :)
~