quarta-feira, maio 09, 2007

A memória


Miller (1956) trouxe novos contributos à psicologia cognitiva com a sua teoria do processamento da informação. Um dos seus postulados é de que a nossa memória de curto prazo (MCP) tem uma capacidade de processamento da informação de cerca de sete unidades (± 2). Posteriormente, o conceito de memória de curto prazo (MCP) viria a ser substituído pelo de “memória de trabalho” (MT) (Baddely, 1997).
Em contraste com a memória de curto prazo (MCP), a memória de longo prazo (MLP) é capaz de armazenar uma grande quantidade de informação. Assim, a especialização em determinada área explicar-se-ia por um domínio superior de conhecimentos organizados na memória de longo prazo.
A informação armazenada na memória de longo prazo estaria altamente organizada em estruturas de conhecimento (schema, scripts, chunks), construtos cognitivos que categorizam a informação, para que esta possa ser utilizada. O conhecimento organiza-se em schema, que têm por função reduzir o esforço sobre a memória de trabalho.
O outro mecanismo que reduz o esforço da memória de trabalho é o processamento automático. Enquanto a aquisição dos schema permite a resolução de problemas idênticos, o processamento automático permite a transferência e a resolução de novos problemas. A aquisição de schema e a automatização são os principais factores de aprendizagem.

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