sexta-feira, maio 18, 2007


Diversificar percursos, ofertas e oportunidades

Eu penso que as escolas EB 2.3 têm de começar a equacionar seriamente, em função das características da sua população, em oferecer formação de nível II.
Não podemos continuar a negar a evidência de que há alunos para os quais um currículo normal é desajustado, que continuam a arrastar-se por currículos alternativos que não lhes permitem explorar as suas potencialidades, demasiadamente centrados no raciocínio verbal e abstracto; estes alunos são cidadãos que merecem por parte do sistema educativo soluções mais funcionais e criativas de integração, num processo verdadeiramente inclusivo, em que cada um se desenvolve ao seu ritmo e de acordo com o seu estilo de aprendizagem; são alunos cujo perfil exige, para seu bem, para que se desenvolvam harmoniosamente e se venham a enquadrar no tecido produtivo, de acordo com as suas competências e perfil, um currículo mais centrado em competências práticas.
De um modo geral, as Escolas 2.3 têm recursos humanos ou facilmente podem recorrer à comunidade para os recrutar, nas mais diversas áreas de actividade - lavandarias, padarias, pequeno comércio e serviço, autarquias, vários perfis de profissionalização - e é errado que as escolas não adoptem soluções que caminhem e apostem decisivamente nessa direcção.

3 comentários:

Anónimo disse...

"Eu penso que as escolas EB 2.3 têm de começar a equacionar seriamente, em função das características da sua população, em oferecer formação de nível III."

Penso que quererá dizer formação profissional de nível II e não III. Esta última corresponde, tanto quanto sei, a formações profissionalizantes que dão equivalência ao ensino secundário.

Anónimo disse...

Olá Idalina!
Há mais de um ano andava eu com um representante dos pais e a autarquia a tentar motivar as escolas para os CEF, tanto nas EB como nas ES.
Tinhamos a convicção de que era necessário encontrar alternativas para a situação de muitos alunos das escolas do concelho. Algumas foram sensíveis e criaram alguns cursos. Outras não tiveram capacidade para isso, por razões várias.
Mas isto implica um trabalho muito empenhado, sobretudo no envolvimento das empresas, imprescindíveis por causa dos estágios.
Bjs

Paideia disse...

Muito obrigada a ambos:
Ao PJ, por me ter chamado à atenção do lapso.
À caríssima Júlia Galego, por referir o aspecto importante dos estágios, quanto ao qual estou medianamente optimista, por entender que na minha região há potencial; exige naturalmente um trabalho de parceria muito construído, o que para mim é um desafio.
Bom fim de semana a ambos. Agora vou ali para os lados de Campo Maior ver as árvores e as flores...