Em Arcos de Valdevez, foi anunciada a fusão, no mesmo agrupamento de duas Escolas: a EB2.3 dos Arcos e a Escola Secundária Tomaz de Figueiredo, de que resultaria um mega-agrupamento de 2500 alunos, 300 docentes, 120 funcionários e 28 escolas.
Esta medida tem sido objecto de protestos por parte dos alunos, dos seus pais e da própria vereação da Câmara de Arcos de Valdevez.
Nestes protestos são aduzidos argumentos de que, nem a autarquia, nem os pais foram ouvidos no processo de tomada de decisão.
Segundo o vereador da autarquia arcuense, a câmara não foi ouvida, como deve ser sempre ouvida em matéria de ordenamento escolar e a decisão vai contra a Carta Educativa, homologada em Dezembro último, em que se apontava para três agrupamentos.
Trata-se assim de uma decisão unilateral, tomada à revelia dos intervenientes legítimos e de documentos orientadores gizados em diálogo e negociação, o que constitui um primeiro problema.
Um segundo problema prende-se com a dimensão que o agrupamento pode atingir. Efectivamente, um agrupamento de 2500 alunos é ingerível, sobretudo em matéria de condições pedagógicas, de organização escolar e de clima escolar.
Do que tenho observado em sistemas educativos europeus, existem efectivamente agrupamentos verticais que vão do 1º. Ciclo ao final da escolaridade, nesses países o 12º. Ano, que contudo, não atingem mais de 800 alunos, distribuídos em espaços bem delimitados, consoante o ciclo de ensino, não se verificando a convivência de alunos com faixas etárias muito distintas.
A investigação aponta claramente que, no que diz respeito à variável escola, para o clima escolar como principal factor que pesa no abandono escolar.
sábado, maio 19, 2007
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