quarta-feira, abril 25, 2007

Da leitura dos jornais ficou-me o nome de...

Gertrudes da Silva

Coronel de Infantaria do Exército português, de seu nome completo, Diamantino Gertrudes da Silva, nasceu no Alvite, em Moimenta da Beira, em 20 de Fevereiro de 1943.
Foi estudante na Academia Militar, fez duas comissões de serviço na guerra colonial, em Angola e na Guiné, e foi interveniente activo no movimento dos capitães de Abril.
Licenciado em História, recebeu a nomeação unânime dos seus pares como um dos mais inteligentes oficiais que o regime democrático preteriu, especialmente do ponto de vista profissional.
Recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e publicou três livros: Deus, Pátria e ... A Vida (2003), A Pátria ou A vida (2005), e Quatro Estações em Abril (2007), cuja capa está ilustrada com a célebre pintura de Vieira da Silva. Todos eles editados pela Palimage Editores, de Viseu.
Um nome para eu acrescentar à minha fila de leituras da próxima semana.
Sr. Coronel, muita saúde e anos de vida para escrever mais livros sobre as suas vivências como militar e cidadão. Fazem-nos falta memórias da guerra, ainda bem que há gente que a viveu e escreve sobre ela. A perspectiva de um militar será, sem dúvida, das mais interessantes.
Eu tive um tio, Luís Filipe de seu nome, militar da Força Aérea, bom católico, que visitava os servidores negros, na prisão quando a PIDE os prendia por suspeita de pertencerem ao MPLA. Preterimentos não lhe faltaram. Foi devolvido à terra no seu rincão preferido - além do Negage, que fazia as delícias da sua alma de agricultor - aí bem pertinho, como quem vai para o S. Macário, descansar o corpo e a alma.

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