sábado, junho 16, 2007

Pouca reflexão crítica e menor conhecimento do seu mester
Ao embarcarem nos pavoneios populistas do Dr. Paulo Portas e de outros que se lhe seguiram sobre os critérios de aferição da prova de Língua Portuguesa, alguns professores manifestaram pouca capacidade de reflexão crítica e grande desconhecimento em matéria de avaliação dos alunos. Algumas pessoas podem ser muito doutas, o que não significa que saibam de tudo. Nem sempre o "bom-senso" basta para agir informada e rigorosamente, porque muitas vezes o que parece muito lógico, simplesmente não o é.
Um erro de raciocínio está na base de toda a argumentação: o de que todas as perguntas podem avaliar tudo. Ora, os professores deviam saber que não é assim. E muito menos o é, quando os critérios a adoptar são aplicáveis a um grande número de provas, em que a avaliação tem de garantir um máximo de objectividade e de validade externa.
Ora, se é verdade que, nos dois últimos decénios, se começou a dar grande importância aos critérios e metodologias de avaliação provenientes da investigação qualitativa, não menos verdade é que, hoje em dia, as metodologias quantitativa e qualitativa encontraram ambas os seus espaços de aplicação, pelo que o princípio passou a ser o de se utilizar a metodologia mais adequada ao objectivo da avaliação.

1 comentário:

Júlia Galego disse...

Olá Idalina!
Não me espanto com o que diz sobre a avaliação. É um dos aspectos técnicos mais importante da profissão, mas muito pouco entendido e interiorizado.
Infelizmente os pré-conceitos são mais fortes que tudo o que se possa fazer e dizer sobre o assunto.