sexta-feira, junho 22, 2007

Eu vi a morte
de noite. névoa branca.
entre os frascos do soro
rondar a minha cama


era um trasgo
e como tal metera-se
pelas frinchas; noutra versão
coando-se através
dos nós da madeira
ou noutra ainda
imitando à perfeição
o gorgolejar da água
nos ralos: eu tremia
covardemente enquanto
ela raspava a parede
com unhas muito lentas

eu vi? ouvi a morte?
com toda a probabilidade
e por instantes
era ela. luz negra.
tentando cegar-me


Sturla Strand: "Sea mist" - fotografia a preto e branco, 2001


2 comentários:

Ai meu Deus disse...

Cara Paideia,

este é um blogue (se me é permitida a ousadia) muito interessante. Mas tem um senão (facilmente remediável, digo eu): para ser fácil, a leitura exige-nos truques; o fundo da página dificulta muito a leitura (no meu monitor torna-a quase impossível; tenho que seleccionar os textos para os poder ler).

Please, dê um jeitinho nisso.

Obrigado com um abraço.

Paideia disse...

Muito obrigada pela sua sugestão. De facto, para os utilizadores de firefox o outro layout era muito mau. Está melhor assim?
Mais uma vez, obrigada.
Idalina Jorge