terça-feira, junho 19, 2007

Tarde
A tarde trabalhava
sem rumor
no âmbito feliz das suas nuvens,
conjugava
cintilações e frémitos,
rimava
as ténues vibrações
do mundo,
quando vi
o poema organizado nas alturas
reflectir-se aqui,
em ritmos, desenhos, estruturas
duma sintaxe que produz
coisas aéreas como o vento e a luz.

poema: Carlos de Oliveira
Quadro: Modigliani, Casas dos ciprestes

1 comentário:

Tinta Azul disse...

O poema é mais bonito que as sandálias :))))(como se se pudesse comparar sandálias com poemas....).
Obrigada pela visita.