Tarde
A tarde trabalhava
sem rumor
no âmbito feliz das suas nuvens,
conjugava
cintilações e frémitos,
rimava
as ténues vibrações
do mundo,
quando vi
o poema organizado nas alturas
reflectir-se aqui,
em ritmos, desenhos, estruturas
duma sintaxe que produz
coisas aéreas como o vento e a luz.
poema: Carlos de Oliveira
Quadro: Modigliani, Casas dos ciprestes
1 comentário:
O poema é mais bonito que as sandálias :))))(como se se pudesse comparar sandálias com poemas....).
Obrigada pela visita.
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