Juvenilíssima Poesia Portuguesa
[dez de janeiro. só o silêncio responde]
não sei se alguma vez viste
crescer a morte sobre um corpoé como uma infância
de que se desconhecem os modos
ou o lento estalar de um vidro
são como imagens as imagens
partidas esse abandono de partir
o que em água viram os olhos
por esse lençol subido de silêncio
sobe nu de tempo um homem
com mãos devagar de luz
a morte cresce com ele
é o seu corpo que poderá ser
a palavra
Pedro Sena Lino
Muito chão para andar, muita poesia para escrever, uma promessa
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