Profissão docente, caciquismo e prática
Todos sabemos que, no caso das administrações escolares:
1. Os cargos constituem frequentemente meros trampolins para funções autárquicas, sobretudo nos professores do sexo masculino.
2. O afastamento do quotidiano da sala de aula destreina os professores das dezenas de microdecisões das mais diversas naturezas, designadamente de natureza pedagógico-didáctica que é necessário tomar a cada instante. Além do mais, a relação entre o director da escola e o jovem estudante não é da mesma natureza que a relação professor-estudante e efectua-se geralmente de um para um.
O Estatuto da carreira docente deveria prever que os cargos de gestão e administração escolar pudessem ser exercidos por tempo limitado (seis anos são geralmente suficientes para conceber e pôr em prática um projecto educativo), após o qual deveria ser obrigatório o retorno à docência, pelo menos durante dois anos consecutivos. Nada disto parece estar previsto.
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