sábado, novembro 03, 2007

Os mapas conceptuais


Eu gosto de utilizar mapas conceptuais, sobretudo quando dou o modelo, forneço o software e são depois os estudantes a criar os seus mapas, a partir das relações de significado que eles estabelecem.

Os mapas conceptuais são uma forma alternativa de apresentar a informação, habitualmente com base nas relações hierárquicas entre os conceitos, mas também nas suas relações semânticas, tornando-se assim numa actividade criativa.

A diferença essencial entre os mapas conceptuais e outras formas de organizar a informação, como os diagramas, é que os mapas conceptuais foram desenvolvidos com base no processo mental de formar o conteúdo e de o estruturar. Podemos utilizar os mapas conceptuais, para apresentar a informação, para avaliar as aprendizagens,podemos utilizá-los como um sistema de organizar graficamente uma ideia e os seus pormenores, em trabalho de grupo, em que os estudantes discutem um assunto, ou exploram uma área linguística e/ou semântica, no caso da aprendizagem de uma língua estrangeira, em que a cooperação é uma estratégia educacionalmente muito interessante.

Dependendo do nível de ensino, existe freeware adequado. Para os níveis mais elementares, gosto do Inspiration Software.
Os mapas conceptuais podem ser utilizados nas diversas etapas de uma unidade de trabalho. Nas etapas iniciais, permitem a aprendizagem de vocabulário e de conceitos básicos, podendo ser desenvolvidos nos estádios subsequentes do trabalho, promovendo a autonomia na recolha e tratamento da informação, já que ajudam os alunos a apropriar-se do conhecimento a integrá-lo e aprofundá-lo e dos meios de o gerar, e aceder à informação sempre que lhes seja necessária.
Vários estudos como os de Horton, McConney, Gallo, Woods, Senn, & Hamelin,(1993), Trowbridge & Wandersee (1994), Duru & Gürdal (2002), Ayas, Karamustafaoğlu, & Coştu, (2002) demonstram que os mapas conceptuais têm uma influência positiva na aprendizagem na organização dos alunos.

Nota: o mapa conceptual da imagem é traduzido e adaptado de http://www.inspiration.com/home.cfm, que utilizei na versão portuguesa do livro de Tony Attwood sobre síndrome de Asperger.

5 comentários:

Teresa Pombo Pereira disse...

Idalina, se gosta de mapas conceptuais, experimente a seguinte página com os seus meninos. Ficam com óptimo aspecto. Os mapas, não os meninos ;-)
http://www.bubbl.us/edit.php

Anónimo disse...

Amiga
Gostaria que me ensinasses a trabalhar com essa ferramenta.
Olinda

Paideia disse...

Olinda, que disciplina leccionas, para eu enviar um exemplo?

Anónimo disse...

Amiga vai ao meu blogue e descobres logo:

http://sol.sapo.pt/blogs/olindagil/default.aspx
Olinda

Anónimo disse...

Olá Idalina!
Nos anos 90 comecei a utilizar os mapas conceptuais com os meus alunos e os resultados foram bastante bons. São muito úteis na minha disciplina. Curiosamente, eram os alunos considerados "mais fracos" que mais gostavam desta técnica de aprender. Os "marrões" não gostavam muito.
Procurei convencer alguns colegas a utilizá-los, nas acções de formação, mas a receptividade foi muito desigual.
Bjs