( imagem colhida em: http://www.bakercountyhealth.org/services/tobacco/thankyou-no-smoking.jpg)
Vimo-nos ontem na escola e cumprimentámo-nos com os beijinhos a que nos habituámos. Uma adolescência como a maioria delas, porque crescer custa e nunca é aquilo que havíamos imaginado, quem sabe um pouco de abandono parental, um pouco de falta de regras e de auto-estima. No primeiro período via-a a puxar de uns cigarritos com mais uns quantos no parque a sul da Escola.
- Já não te via há dias, tenho pensado em ti, que será feito da C.?... - disse eu.
- É verdade stora, como está? Tudo bem?!?
Estendi-lhe dois dedos da mão direita e disse:
- Procura manter-te nos dois por dia, tá?
- Não se preocupe, s'tora... - respondeu sorrindo com um ar entre o divertido e o comiserativo.
Ela sabe que eu me preocupo muito pelo facto de os jovens fumarem e que tenho boas razões para isso, como já lhe expliquei.
Parece mais calma e já tem um namorico: o G. que outro dia se encontrou comigo no Gabinete de atendimento.
Já lá vai o tempo da desconfiança por alguém lhe ter dito que eu "havia feito queixa dela". Efectivamente, a minha primeira reacção foi escrever à Direcção da Escola a contar o que vira, para que fossem tomadas providências. E alguém resolveu contar-lhe, ao "melhor estilo" da relação pedagógica. De algum modo, "recuperei-a" e faz-me bem pensar que tive sobre ela uma influência positiva.
C. tem um fundo bom e doce e o que mais precisa é de uma relação com um adulto serena e confiante. Mas em que os papéis não se confundam, embora ela goste de me mostrar que sabe o que faz.
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