domingo, fevereiro 24, 2008

Um difuso mal estar...

Acompanhou-me durante a segunda parte da semana: não que se repercutisse em mim o mal-estar da SEDES, mas porque o documento produzido é um documento débil, em capacidade de análise e de argumentação.

O que é pena, porque não faz jus à capacidade de intervenção cívica que, há muitos anos, caracteriza a SEDES.

(vozes mais crescidas e avisadas cá da casa sugerem que simplesmente já não tenho idade para "directas": o tempo vai correndo, inexorável)

No relatório da SEDES, nem uma palavra dedicada ao tremendo problema do desemprego e à incapacidade do país em integrar no seu sistema produtivo milhares de jovens que terminam a sua formação. Como é possivel, por esemplo, que haja uma tão grande necessidade de enfermeiros na Saúde e estes tenham que emigrar para terem trabalho.

Para estas pessoas, o mal-estar é mais do que difuso. É mais uma frustração, um mundo de expectativas que a pouco e pouco se desmorona, um golpe mortal na auto-estima, uma revolta, um desespero, uma vida por concretizar.

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