"Não passarei por este exercício governamental sem instituir um sistema de avaliação de professores".
O princípio é excelente. Mas tem de ser feito com rigor e com a concordância dos ditos. É que não estamos em ditadura. É por isso que a acção deste governo será julgada nas urnas. Ele passará, como todos os outros, os cidadãos ficarão. Faz parte das regras do jogo. Ninguém está a pedir ao Sr. Primeiro Ministro que seja flexível. Sê-lo ou não é problema exclusivamente seu, da sua sobrevivência política. Mas os cidadãos são organismos vivos, para o caso de ainda não ter reparado. Interagem com o ambiente, ajustam-se, adaptam-se,reagem-lhe, sobrevivem.
O Sr. Primeiro Ministro não pode ficar à espera que aceitemos todas as diatribes porque ele foi eleito nas urnas, isso não lhe dá qualquer direito de fazer as coisas como entende que devem ser feitas sem ter em conta o sentir dos cidadãos porque, em última análise, nós escolheremos outros que as façam e recorreremos a todas as instâncias do poder instituído para que lhe trave os ímpetos.
É verdade que não existe neste momento uma oposição consistente, mas também este factor é passageiro, não há que contar muito com ele, porque, não raro, é o próprio sistema que implode nas suas contradições internas. Quem sabe, a oposição mais forte não esteja a gerar-se internamente?
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
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2 comentários:
Ou é impressão minha, ou perscruto aqui uma posição que ainda não tinha visto clarificada em "Paideia"?! É, decerto, impressão minha. Paideia é, há algum tempo, o meu arrimo, o meu arquétipo, uma parte importante da minha "formação contínua". Mas sempre achei também (e desculpar-me-á a sua autora) que "Paideia" fosse um pouco a voz do dono.
Será que me enganei? Será que posso confiar também no posicionamento crítico de Paideia, para além da competência educacional que sempre lhe reconheci?
Paideia não tem dono.
:)
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