domingo, novembro 12, 2006


De volta aos clássicos

Wuthering Heights

Este livro de Emily Brontë é um dos meus preferidos da literatura inglesa.
È uma história de paixão e vingança, com cenário na região de Yorkshire
O livro só viria a ganhar projecção na sua segunda edição publicada já depois da morte da autora, em 1850.
O Sr. Lockwood e Nelly Dean são os narradores da história que tem início com a chegada de Heathcliff ao Monte dos Vendavais e da sua paixão avassaladora por Catherine Earnshaw, a filha do seu benfeitor.
Esta relação frustrada pela diferença social que os separa tem como cenário a paisagem local e a arquitectura característica da região do Yorkshire. A complexidade do enredo, a ambiguidade e a imaginação fértil de Emily Brontë percorrem os temas da crueldade da doença, da morte e a forte estratificação social da época vitoriana. A ambiguidade da novela tem a sua expressão máxima já no fim, ao ficarmos sem perceber quem são os vencedores: se os sentimentos que representam a sociedade civilizada, se a intensidade devoradora da paixão. Terá Emily Brontë cedido ao conformismo característico da sociedade do seu tempo? A estrutura simétrica da novela evidencia essa incerteza, na morte dos dois amantes, para quem a realidade terrena pouco importa. Aliás, Emily poderá ter decidido eliminá-los porque ambos constituíam um perigo para o equilíbrio e a paz da sociedade vitoriana.

O meu excerto favorito é quando Heathcliff «covering her with frantic caresses, said wildly, -- - "You teach me now how cruel you've been -- cruel and false. Why did you despise me? Why did you betray your own heart, Cathy? I have not one word of comfort. You deserve this. You have killed yourself. Yes, you may kiss me, and cry, and wring out my kisses and tears; they'll blight you -- they'll damn you. You loved me; then what right had you to leave me? What right -- answer me -- for the poor fancy you felt for Linton? Because misery, and degradation, and death, and nothing that God or Satan could inflict would have parted us, you, of your own will, did it. I have not broken your heart -- you have broken it; and in breaking it you have broken mine. So much the worse for me that I am strong. Do I want to live? What kind of living will it be when you -- -- O God! would you like to live with your soul in the grave?" »
Depois de quatro anos de EBSCOdependência, estou de volta aos clássicos.

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