Investigação por questionário, post 4
Perguntas e escalas
A escala mais utilizada em questionários é a de resposta do tipo Likert. Esta escala permite que o inquirido considere uma opinião e, sobre ela, tome uma posição que pode ir da aprovação forte à desaprovação forte.
O procedimento mais comum de formulação de perguntas do tipo Likert consiste em (adaptado de Selltiz, et al., 1963):
1. reunir um grande número de indicações relevantes para a atitude que está a ser investigada;
2. aplicar um teste piloto;
3. se o questionário incidir sobre várias atitudes, misturar as perguntas para conseguir respostas mais válidas;
4. a selecção aleatória de algumas perguntas e o flip-flap da escala concorda fortemente - discorda fortemente pode impedir que o inquirido adopte um padrão de resposta (que habitualmente é denominada por resposta ajustada). Neste caso, há que inverter o valor da resposta, isto é se o respondente atribuiu um 1, num questionário com uma escala de 1 a 4, teremos que atribuir 4 à resposta; se atribuiu 2, temos que atribuir 3; se atribuiu 3, temos que atribuir 2 e se atribuiu 4, temos de atribuir um 1.
A pesquisa psicométrica tem vindo a demonstrar que os questionários de escalas devem ter até sete níveis de resposta. Quatro a cinco pontos da escala é geralmente suficiente para permitir uma indicação de confiança.
Pessoalmente, prefiro as escalas com um nível par de respostas, para impedir a tendência da resposta central; o número par também de dá a indicação da tendência positiva ou negativa dos respondentes. Esta é, contudo, uma matéria muito controversa.
Prefiro também questionários inteiramente constituídos por respostas fechadas, mas reconheço que, em áreas de investigação ainda pouco exploradas, como a minha, são necessárias perguntas abertas que nos podem colocar perante problemas de investigação ainda pouco explorados.
Sem comentários:
Enviar um comentário