segunda-feira, julho 09, 2007


Do novo estatuto do aluno (III)

Nas duas entradas anteriores sobre o novo estatuto do aluno, coloquei a questão de como é que se pode operacionalizar o reforço da responsabilidade dos encarregados de educação.
O Fernando diz
“A Escola, através dos seus órgãos próprios deve EXIGIR a sua intervenção sempre que necessário”
O que nós verificamos é que, nas situações mais problemáticas, a variável família apresenta uma realidade de alheamento e demissão ou incapacidade ou falta de recursos emocionais.
Justamente a questão que se põe é: concretamente, exigir o quê? Que mecanismos de controlo podem ser accionados?

O Miguel diz:
Uma aproximação pela força do decreto está à partida condenada ao fracasso.Certo.

Mas está no decreto; a responsabilização da família é um elemento novo, na sua relevância e crítico.
Falta saber o como, com que mecanismos.
E em princípio, para que funcione, tem de ser com estratégias socialmente bem aceites e com enquadramento legal.
Que estratégias poderão ser essas?
Há estratégias eficazes, na garantia do seu cumprimento, susceptíveis de serem levadas à prática pela Escola?

3 comentários:

Anónimo disse...

Fui ler o Estatuto do Aluno. Não sei se a chamada “responsabilização (moral?) do encarregado de educação” é assim um elemento tão novo. Ela já figurava em anteriores edições do Estatuto do Aluno. As exigências são, pois, de ordem ético-moral. Não existem mecanismos de controlo. Tudo depende da boa vontade. Da escola e das instituições que deveriam acompanhar o educando em famílias desestruturadas. Ou das famílias que olham para os filhos como um empecilho, uma chatice. Esse acompanhamento não existe de forma organizada. E só intervêm em situação limite e como medida última de recurso. Assim não vamos lá!

Miguel Pinto disse...

Há várias portas de entrada na escola. A visita à escola pelos encarregados de educação resume-se às visitas esporádicas para tomar conhecimento da assiduidade ou dos resultados académicos de final de período. Como a escola está cada vez mais presa ao espartilho lectivo, reduzem-se as oportunidades para participar na vida da escola. Resta ainda a porta dos saraus, dos clubes,... e do desporto escolar.

Paideia disse...

desporto escolar é bom...
clubes é bom...
saraus é comigo!