quinta-feira, abril 24, 2008
domingo, abril 20, 2008
Retalhos do dia
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Paideia
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10:13 da manhã
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quarta-feira, março 19, 2008
Para que me oiças
as minhas palavras
adelgaçam-se às vezes
como o trilho das gaivotas pela praia.
Colar, cascavel ébrio
para as tuas mãos suaves como as uvas.
E olho-as distantes, minhas palavras
Mais que minhas, são tuas
Crescem, como hera, presas à minha dor antiga.
Trepam assim pelas paredes húmidas.
Num jogo sangrento cuja culpa é tua
Fogem da minha guarida obscura
preenches tudo, tu, tudo preenches.
Antes de ti, povoaram a solidão que ocupas,
e estão mais acostumadas que tu à minha tristeza
Agora quero que digam o que quero dizer-te
Para que tu oiças como quero que me oiças.
O vento da angústia pode ainda arrastá-las.
Tempestades de sonhos ainda as tombam
escutas outras vezes a minha voz dorida.
Pranto de velhas bocas, sangue de velhas súplicas.
Ama-me companheiro. Não me abandones.
Segue-me.
Segue-me companheiro, nessa vaga de angústia.
Porém, do teu amor se vão tingindo as minhas palavras
Ocupas tudo, tu, tudo ocupas.
Vou fazendo de todas um colar infinito
para as tuas mãos brancas, suaves como as uvas.
Pablo Neruda (a tradução é minha)
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9:34 da tarde
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Il pleure dans mon coeur
Il pleure dans mon coeur
Comme il pleut sur la ville ;
Quelle est cette langueur
Qui pénètre mon coeur ?
Ô bruit doux de la pluie
Par terre et sur les toits !
Pour un coeur qui s'ennuie,
Ô le chant de la pluie !
Il pleure sans raison
Dans ce coeur qui s'écoeure.
Quoi ! nulle trahison ?...
Ce deuil est sans raison.
C'est bien la pire peine
De ne savoir pourquoi
Sans amour et sans haine
Mon coeur a tant de peine !
Paul VERLAINE
Gustave Caillebotte, Dia de chuva em Paris, 1877.
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7:16 da tarde
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6:56 da tarde
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Em cada madrugada o nosso amor
nos deixou sem sono.
Os nossos corações sentiram
a leveza de um peso dissipado
A morte já não nos assusta:
mais tarde ou mais cedo
havemos de nos encontrar
seja qual for o caminho
que cada um de nós tomar.
Tradução livre de um antigo poema indiano
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12:54 da tarde
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Nenhum céu estrangeiro onde me abrigue,
Nem asas estranhas que me protejam a face.
Eu sou a testemunha do povo comum
uma sobrevivente de um tempo e de um lugar.
Anna Akhmatova, Requiem
Retrato de Anna Akhmatova. Altman: 1914.
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12:36 da tarde
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sexta-feira, março 14, 2008
Hei-de voltar a Serralves
Agradeço a oferta do Partido Socialista de transporte gratuito para o Porto, no próximo dia 15. Afinal o Partido Socialista também convoca por SMS. Hei-de ir ao Porto, sim senhor. E, se calhar, será já durante a interrupção lectiva da Páscoa, mas há-de ser a expensas próprias.
Muito obrigada.
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1:03 da tarde
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sábado, setembro 01, 2007
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2:50 da tarde
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sábado, agosto 25, 2007
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11:29 da manhã
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sexta-feira, agosto 24, 2007
A minha experiência mais próxima de um blind date
O bando de quatro bloggerschmoozers e afins encontra-se incógnito no Meco
Do plano conspirativo consta uma proposta de encontro de blogschmoozers no Centro do País, assim a meio caminho entre Monção e Vila Real de Santo António, para os lados do Centrão, para organização e consolidação das estruturas sociais do movimento.
Das declarações registadas, consta que não querem competir, nem com o Pontal, nem com Nafarros ou afins, para o encerramento das actividades da silly season, mas a informação necessita de ser validada, uma vez que todos se encontravam vestidos e de óculos escuros.
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11:29 da tarde
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domingo, agosto 19, 2007
Espectáculos de Verão - O Rei Leão (Hakuna Matata!!!) Único e mágico: os actores manipulam as marionetas e usam máscaras - a nossa imaginação faz o resto: conjuga o humano e o animal, partilha da construção do enredo, inspirando-se nas máscaras africanas que adquirem a tridimensionalidade através dos mais variados materiais e texturas.
A presença das marionetas e dos actores que as manipulam adquire uma grande expressividade, mas a técnica secular das sombras chinesas, acrescenta-lhe fascínio.
Os efeitos, tais como a ilusão de milhares de animais correndo, na cena da morte do Rei, o ritmo dos dançarinos que transportas máscaras enormes, a criação de uma falsa perspectiva com efeito de grande distância, a extraordinária voz e representação de Tshidi Manyie, no papel de Rafiki, a voz poderosa e profunda de Nathaniel Stampfey, no papel de Mufasa, a interpretação extraordinária de Patrick Page, no papel de Scar, uma equipa criativa de guarda-roupa (Julie Taymor), de coreografia (Fagan), cenários (Richard Hudson), de iluminação (Donald Holder) entre outros, produzem um espectáculo grandioso, uma maravilha para os sentidos e a imaginação.
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7:43 da manhã
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quarta-feira, agosto 15, 2007
Eram, na rua, passos de mulher.
Era o meu coração que os soletrava.
Era, na jarra, além do malmequer,
espectral o espinho de uma rosa brava...
Era, no copo, além do gin, o gelo;
além do gelo, a roda de limão...
Era a mão de ninguém no meu cabelo.
Era a noite mais quente deste verão.
Era no gira-discos, o Martírio
de São Sebastião, de Debussy...
Era, na jarra, de repente um lírio!
Era a certeza de ficar sem ti.
Era o ladrar dos cães na vizinhança
era, na sombra, um choro de criança...
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12:00 da manhã
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domingo, julho 01, 2007
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11:07 da manhã
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