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domingo, junho 15, 2008

May it be...
Que uma estrela do início da noite
brilhe sobre ti
e quando a escuridão cair
o teu coração seja verdadeiro,
mesmo que caminhes solitária
e longe do calor do lar.

sábado, maio 17, 2008


O cartaz da loja de informática



Provas aferidas do 6º. ano de escolaridade. O exercício 20 promete 3 caixas vazias a quem comprar 2 embalagens de CDs. A questão está em saber a quantas caixas terei direito, se comprar 8 embalagens de CDs.



A calculadora substitui o raciocínio, aliás bastante elementar. A utilização irracional e ilógica da calculadora, com o distraidor de que cada embalagem tem 25 CDs, conduz às respostas mais absurdas.

Tudo porque o uso abusivo da máquina substitui o treino da capacidade de elaborar um raciocínio elementar.

Em termos práticos, em vez de se treinar num raciocínio desta simplicidade, o fundamental é instruir os indivíduos a andarem sempre de calculadora à arreata.Confrangedor e estupidificante.

quinta-feira, maio 08, 2008


Dos hábitos como segunda natureza

(operari sequitur esse)
Hoje, como em todas as quintas-feiras, foi mais um dia para acompanhar alunos de professores em falta.Na ausência de um plano de aula gizado pela docente, à falta de uma sala de informática onde pudéssemos trabalhar com base nas minhas webquests, e perante uma das alternativas:

Estudar,

exclamaram espantados:

- Estudar?!? Mas não temos nada para estudar!!!

- Não têm nada para estudar, como? Expliquem-me como é que um estudante do 8º. Ano não tem nada para estudar…

As correntes teóricas mais recentes da educação, muito centradas nos aspectos instrumentais do ensino, têm negligenciado o conceito fundamental de hábito.

Convencidos que foram que eu não saía dali sem os pôr a estudar e que outro remédio não havia, lá se dispuseram – estamos a falar de uma turma de 8º. Ano – a preparar o espaço de estudo, que entretanto estava atulhado de mochilas e outros gadgets, obviamente altamente dispensáveis para o efeito de uma sala de aula, onde se podiam avistar aqui e ali uns cadernos tresmalhados (Podemos ouvir música?).

Se a educação tem alguma coisa a ver com desenvolvimento pessoal, então é medianamente claro que educar é promover hábitos de trabalho e de raciocínio, porque os hábitos são o prolongamento da nossa natureza essencial, organizam a nossa vida, facilitando-a.

- Dentro de minutos, vou verificar o que cada um está a estudar. E armei-me da minha ficha de recolha de dados.

- !!! - entreolham-se com estranheza.

O ser humano é essencialmente um ser inacabado, na medida em que comporta a sua natureza primeira, aquela com que nasce e ainda uma última, que constitui a activação operativa da primeira, que resulta dos hábitos e que podemos descrever como um prolongamento "ergonómico", resultante do trabalho e do esforço prolongados.

O “borbulhas” que, no início do ano apareceu na Escola com um valente pifo e se sentou lá no fim da sala, espraia-se sonolento sobre o livro de Físico-Químicas e as três horas da tarde não ajudam:

- Vamos lá, queres ajuda?

Aquilo que em educação é nuclear estriba justamente em ajudar esse crescimento, essa expansão do ser-pessoa. (operari sequitur esse)

O “brilhantinas” lá do canto estuda Francês com o livro em pé.

- Estás a estudar Francês em perspectiva?!?

Quando Ortega Y Gasset afirmava que temos uma “vida biográfica”, creio entender por esta expressão que as experiências que vivemos podem activar de um modo ou de outro – ou simplesmente não activar – as nossas capacidades naturais.

Depois de passar por mais dois e oferecer ajuda, aproximo-me e dou-lhe a táctica:

- Agora, vais escrever o condicional do verbo, para ver se já decoraste.

Se educar é potenciar e desenvolver a humanização, o fim da educação é desenvolver uma série de hábitos relativamente coerentes e estáveis, que ajudem o jovem a crescer como pessoa.

Os hábitos adquirem-se através de práticas prolongadas, através da estabilização e consolidação de comportamentos e pela repetição.

- Vocês os dois, o que estão a fazer?
- A recolher informação para a Área de Projecto
- Como?
- A ler, sublinhar e tirar notas.
- Muito bem. Continuem. Se precisarem de algum esclarecimento, peçam.

Os hábitos adquirem-se de uma forma variada e flexível. Uma pessoa com hábitos de estudo, não segue sempre a mesma rotina: umas vezes memoriza, outras, resume, outras, compara, outras esquematiza. Mas todas estas operações têm algo em comum: a diligência, a atenção, o cuidado, o esmero, o brio.

(Toque de campainha, cadeiras que arrastam de rompante)

- ALTO! Vamos com calma… Temos de deixar a sala arrumada. Ó … (borbulhas), arruma a tua cadeira, por favor… Obrigada.

E todos dissemos boa tarde.
Comparando com o ano passado, temos a noite e o dia.
Vamos lá ver se nada vem estragar.

sexta-feira, maio 02, 2008

Numa sexta-feira entalada entre um feriado e um fim-de-semana, o melhor é tirar partido do Dia da Mãe, para aprender várias formas de expressar o carinho, com ideias interessantes que podemos recolher aqui e que vão deixar as mães mais felizes. Por um momento, há-de saber bem acreditar que um filho pensa de nós que

You are the best mother of the Universe

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

 

Mahatma Gandhi esteve na nossa Casa com exposições, trabalhos vários, largada de balões com frases inspiradas na sua mensagem universal. Rita Viana, professora de Educação Visual, serviu-lhe de guia, com a sua figura luminosa.

quinta-feira, janeiro 31, 2008


Perguntamos nós

A semana foi marcada por uma preparação intensa e laboriosa para os testes.

Queiramos ou não, a nossa vida pessoal, escolar - e o tempo de escola é cada vez mais longo - e profissional, vai estar marcada por eles e dependente deles.
Qual é o "mistério" da construção dos testes? Nada mais esclarecedor do que tentar fazê-los, pôr-se na pele de quem os faz.

Habituados que estamos a fazer uma análise prévia dos conteúdos e dos objectivos de cada unidade e de os registar no caderno sistematicamente, depois de analisarmos as frases-chave, o vocabulário-chave que o livro nos propõe naquela sequência de aprendizagem, o essencial da informação já está "descascado".

Agora, há que a reorganizar e que a colocar em forma de "problemas". Como nos vamos organizar?

Há aquela turma que rapidamente se organiza - se divide em grupos, distribui objectivos e conteúdos a cada grupo que concebe para os outros uma bateria de problemas -, há a outra, menos autónoma, que leva mais tempo a organizar o processo e aproveita para brincar um bocadinho.

Claro que eu posso sempre acelerá-lo, comentando:

- A outra turma cuja letra não posso pronunciar...
- NÃO!!!
- Pronto, está bem, eu não pronuncio...
- NÃO!!!

- Posso só dizer que começa pela letra E? Pode ser ÉSSE, pode ser ÉLLE, pode ser ÉMME...

- Já percebemos, professora!

Um dia destes, esta estratégia de espicaçar a auto-estima vai tornar-se entrópica e terei de partir para outra. Esta semana atingiu o cume da eficácia, presumo portanto que, da próxima vez terei de ser mais sofisticada.

Por enquanto, e a meio do processo, consultado o relógio e avaliado o ritmo, ainda comentei

Na outra turma que não posso pronunciar...

Oh, não!!!

... que não posso pronunciar...

... rrrrroooooarrrrr...

... cada grupo de trabalho construiu seis itens.

A aula acabou com, pelo menos, sete itens por grupo que os outros grupos tiveram de solucionar. Em três dos cinco grupos chegámos aos 8/9 itens.

A colaboração atiçada por um bocadinho de competição fica mais colorida, produtiva e gera mais envolvimento e responsabilidade.Talvez um pouco de vaidade, admito:

(atrás dos tais ÉÉÉ(f)s é que não havemos de ficar...)

Para não falar das vantagens cognitivas, em termos de selecção, análise e organização da informação.
Valeu!(Para o dia de Aristides Sousa Mendes as duas turmas vão ter que trabalhar juntas, mas amanhã será um outro dia)