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domingo, junho 10, 2007

João Pinto e Castro, aquele "jovem" de óculos e com o cabelo já todo branco que aparece nas fotografias do meu doutoramento, descreveu no seu blogue a metodologia de estudo adoptada para determinar a localização do novo aeorporto, através da fala da terceira bruxa em Macbeth, Acto 4, Cena 1:
E cito:

"Aventadas localizações alternativas para o novo aeroporto de Lisboa. Metodologia do estudo:

Scale of dragon, tooth of wolf,

Witch's mummy, maw and gulf

Of the ravin'd salt-sea shark,

Root of hemlock, digg'd i' th' dark;

Liver of blaspheming Jew,

Gall of goat, and slips of yew

Silver'd in the moon's eclipse;

Nose of Turk and Tartar's lips;

Finger of birth-strangled babe

Ditch-deliver'd by a drab

Make the gruek thick and slab.

Add thereto a tiger's chauldron

For the ingredience of our cauldron.

(...)"

Eu só não traduzo porque o trecho contém uma alusão de intolerância religiosa própria da época, que não gostaria de reproduzir aqui, mas garanto que os ingredientes são frescos. Traduzo apenas o coro das bruxas:

Double, double toyle and trouble'
Fire burn and Cauldron bubble.


Ergue-te com força
em fogo e turbilhão
ó poção
do caldeirão!

As três bruxas de Macbeth representam as três premissas da peça, com um universo muito medieval: é o agouro das bruxas que leva Machbeth a assassinar Duncan, Banquo e o filho: Tal como os três fados da mitologia grega que entretecem o destino humano, destruindo seres como Macbeth. Esperemos que as árvores do "deserto" não marchem sobre o castelo de Dunsinane.
Jamais... (em francês)





Não há que enganar: a eficácia da metodologia está cientificamente comprovada. Shakespeare vai gostar de saber como é profundamente actual...

Leituras do dia

Então Jesus pegou nos cinco pães e nos dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou sobre eles a benção e os partiu, e ia dando aos discípulos a fim de que distribuíssem para a multidão. (Lucas, 9:16)

segunda-feira, maio 07, 2007

Não são canudos, Senhor, são línguas da sogra...


Santa Isabel da Hungria, 1673-74,Capela da Ordem Terceira de S.Francisco, Lisboa, Portugal.

Pintura barroca, com perspectiva, contraste claro-escuro, com luz a incidir sobre o tema principal, a Rainha Santa Isabel da Hungria, padroeira dos franciscanos, vestuário rico a salientar a nobreza e a opulência dos circunstantes posicionados à direita, contornando o tema principal; retirados da composição, para não estragarem o efeito de dignidade, à esquerda, em contraste, várias figuras de desabonados, com criança, em primeiro plano,virada para a figura central, estendendo-lhe a mão, depois dos pais terem pago a última pretação ao banco e à segurança social.

Diz a lenda que D. Isabel foi invocada mesmo antes de nascer.
Um vidente anunciou o seu glorioso nascimento como estrela que nasceria na Hungria, passaria a brilhar na Alemanha e irradiaria para o mundo. Citou-lhe o nome, como filha do rei da Hungria e futura esposa do soberano de Eisenach (Alemanha).

A filha do rei André, da Hungria, e da rainha Gertrudes, nasceu em 1207. O baptismo da criança foi uma festa digna de reis. E a criança recebeu o nome de Isabel, que significa repleta de Deus.

Trouxe paz e prosperidade ao governo de seu pai e, desde muito jovem mostrou espírito de oração e compaixão para com os sofredores. Levava uma vida simples, piedosa e desligada das pompas da corte, mas Luís soube compreender o grande valor de Isabel e casaram-se em 1221.

A Santa não recuava diante de nenhuma obra de caridade, por mais penosas que fossem as situações; um dia, Luis surpreendeu-a com o avental repleto de alimentos para os pobres. Ela tentou esconder... Mas ele, delicadamente, insistiu e... milagre! Viu somente rosas brancas e vermelhas, em pleno inverno. Feliz, guardou uma delas.

(Já chega! Eu gosto por demais dos franciscanos!Perdoem-me!!!)